quinta-feira, 18 de abril de 2013

Estudantes do Magalhães protestam por reforma da quadra

Cansados de esperar pela reforma da quadra da escola, os estudantes da E.E. Luís Magalhães (Jd. Ângela, zona sul) convocaram uma paralisação das aulas para o período da manhã nesta quarta-feira (17/04) como forma de protesto.
foto magalhães
 Assim que soube o que os alunos estavam planejando, a diretoria da escola fez de tudo para desmontar a
mobilização estudantil.
Às vésperas da paralisação, na terça-feira, um professor passou em todas as salas botando terror – dizendo que os alunos que participassem do protesto seriam presos -, enquanto outros remarcaram suas provas para o dia seguinte. O esforço das autoridades da escola para frustrar a paralisação foi bem sucedido. No início da manhã, enquanto os estudantes e seus apoiadores preparavam batuques e cartazes para animar a luta, a Polícia Militar cercou a escola com viaturas. Com medo ou desconfiados, a maioria dos alunos entrou na aula. Para não se deixarem isolar, mesmo aqueles que insistiam na paralisação entraram também.

A tentativa de protesto, ainda assim, virou assunto de conversa nos corredores,
magalhães 4
 aumentando nos estudantes a vontade de lutar. No horário do intervalo, eles se reuniram no pátio e fizeram uma assembleia, onde decidiram que iam pedir à direção que abrisse o portão da escola para que protestassem. A resposta da diretora foi a ameaça de suspensão de uma estudante, revoltando ainda mais os alunos. Após uma negociação, a diretora autorizou um protesto na saída, desde que não bloqueassem o trânsito na Estrada do M’Boi Mirim.
E por volta das 12h30 os alunos já saíram da escola com suas faixas e cartazes nas mãos e cantando palavras de ordem. De início, só havia um carro da polícia presente no local, 
magalhães 3
o que facilitou para que os alunos tomassem uma faixa da estrada. Mas não tardou muito e o local já estava tomado pela polícia e os alunos foram para um beco de frente à escola e lá continuaram o protesto. Para piorar, além da polícia, duas professoras e a diretora também colaboravam para intimidar os alunos, mandando irem para casa. O ato terminou quando os alunos do período da tarde começaram a entrar para a escola, mas antes os estudantes (cerca de 150) tiraram uma assembléia para o dia seguinte para decidir os próximos passos do movimento, que já deu provas de sua força e só tende a se fortalecer ainda mais se depender da disposição que mostraram na manifestação.
Que a direção e o governo abram o olho, porque o nosso está bem aberto e lutaremos até o fim!